Polícia Civil de Roraima deflagra a Operação Patrocínio Infiel contra advogado investigado por estelionato e apropriação indébita

As investigações apontam que os crimes ocorreram no final de outubro de 2024, quando o advogado alvo representou um cliente preso pela Polícia Federal / Foto: Divulgação/PCRR /

A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do 1º DP (Distrito Policial), deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira, dia 30, a Operação Patrocínio Infiel, com o objetivo de apurar crimes de estelionato e apropriação indébita em tese praticados pelo advogado W. L. G. T. S., de 34 anos, em desfavor de um ex-cliente.

A investigação e a operação foram coordenadas pelo delegado titular do 1º DP, Vinícius Souza, com o apoio dos delegados Pedro Ivo, Jéssica Muniz e Vinícius do Vale, do 2º DP.

Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão – dois em residências localizadas nos bairros Cambará e Murilo Teixeira, e um no escritório do investigado, situado no bairro São Pedro. Também foram executados mandados de sequestro de bens e valores, além da suspensão do exercício profissional do advogado, que está temporariamente impedido de atuar pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

De acordo com o delegado Vinícius Souza, as investigações apontam que os crimes ocorreram no final de outubro de 2024, quando o advogado alvo representou um cliente preso pela Polícia Federal. 

O delegado representou pelo mandado de busca e apreensão em duas residências do investigado, bem como em seu escritório. Também representou pelo sequestro de bens e valores e um mandado de suspensão do exercício profissional junto a OAB, que foram deferidos pela Justiça.

“A operação, denominada de Patrocínio Infiel, visa combater crimes praticados por profissionais da advocacia, que se utilizam da confiança de seus clientes para agir em benefício próprio e em prejuízo do assistido”, disse o delegado.
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Polícia Civil conclui investigação e indicia acusado de se apropriar de mais de R$ 277 mil do avô de 89 anos

A PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio da DPIPCD (Delegacia de Proteção ao Idoso e Pessoa com deficiência) concluiu as investigações e indiciou A.R.R., de 29 anos, por apropriação dos rendimentos financeiros do próprio avô, um idoso de 89 anos. O homem se apropriou de mais de R$ 277 mil reais do idoso no período de um ano.

De acordo com o delegado que preside as investigações, Franco Ghiggi, o caso chegou ao conhecimento da PCRR por meio de denúncia de familiares da vítima, que registraram Boletim de Ocorrência em abril de 2024. 

Segundo as investigações, o homem passou a residir com o avô após enfrentar problemas familiares e, com o tempo, ganhou a confiança do idoso, passando a auxiliá-lo em transações financeiras e pagamentos de contas, como água, luz, plano de saúde e compras de alimentos.

“Com a confiança estabelecida, as investigações apontam que A.R.R. começou a realizar resgates de aplicações financeiras mantidas pelo avô em cadernetas de poupança e Certificados de Depósito Bancário (CDB). Após os resgates, os valores eram creditados na conta do idoso e, em seguida, transferidos via Pix para a conta pessoal do investigado”, detalhou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a vítima, após fazer uma cirurgia cardíaca, foi ao estabelecimento bancário e constatou o desvio do dinheiro para a conta do neto.

“As transferências iniciaram com valores entre R$ 100 e R$ 500, aumentando progressivamente. No primeiro mês, foram R$ 2 mil; no mês seguinte, R$ 5 mil; e posteriormente, R$ 47 mil em apenas um mês. Entre agosto de 2023 e abril de 2024, o total desviado chegou a R$ 277 mil. O caso foi descoberto por tios do acusado, juntamente com a vítima e denunciado à Polícia Civil”, disse.

Durante as diligências realizadas, as investigações concluíram que A.R.R., apropriou-se, indevidamente, dos rendimentos financeiros do próprio avô.

“Após a vítima ter descoberto, o investigado saiu de Roraima. As investigações apontam que ele mora, hoje, no Estado do Rio de Janeiro. Ele foi intimado para ser ouvido por videoconferência, mas se recusou a participar do ato e disse que se manifestaria em juízo. O caso está encerrado no âmbito Policial e o inquérito será remetido à Justiça”, disse.

ALERTA

O delegado franco Ghiggi, observou que grande parte dos crimes patrimoniais contra idosos é cometida por familiares próximos, muitas vezes por meio de apropriação direta de recursos ou contratação de empréstimos em nome das vítimas. 

“Os crimes de apropriação de bens e de rendimentos de pessoas idosas, na maior parte das vezes, tem como autores familiares, seja neto, filho, filha, nora, genro, enfim, pessoas do círculo familiar. Recomendamos que os idosos não passem sua senha do banco, que não emprestem seu cartão, que não autorizem que seja instalado o aplicativo de banco no celular dos seus familiares e não deem um livre acesso às suas contas.”, disse.

Ainda segundo ele, ao solicitar auxílio para terceiros, os idosos devem fazer uma conferência junto à instituição bancária, indo na agência, retirando o extrato, para ver se foi realizado efetivamente aquilo que tinha sido solicitado. 

“Quando há um franqueamento de um livre acesso às contas, pode acontecer o que nós temos visto frequentemente, que é essa dilapidação patrimonial”, completou o delegado.

O homem foi indiciado por apropriação de rendimentos de pessoa idosa no âmbito do Estatuto do Idoso. O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para prosseguimento da persecução penal.
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CAMINHOS SEGUROS
Polícia Civil prende acusados de estupro e corrupção de menores em ações distintas da DPCA

Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, dia 30, a PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), cumpriu dois mandados de prisão contra investigados em casos distintos de crimes graves envolvendo crianças e adolescentes. Um deles foi por estupro e, o outro, por corrupção de menores. A ação está inserida no âmbito da “Operação Caminhos Seguros”, coordenada pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

O primeiro caso foi conduzido pelo delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende. Trata-se de um mandado de prisão preventiva cumprido contra o venezuelano P. T. S. L., de 35 anos, acusado de estuprar uma adolescente de 16 anos.

O homem, segundo o delegado, fazia parte do convívio familiar da adolescente e, no dia 22 de abril deste ano, atraiu a vítima até seu apartamento, sob a alegação de lhe entregar uma quantia de R$ 300,00, que seria utilizado para um pagamento de aluguel. 

“A menor, acreditando na justificativa, acompanhou o investigado até uma Pousada, no Cidade Satélite, onde ele solicitou à menor que mantivessem um relacionamento íntimo. A menor recusou, dizendo que responderia depois, com o intuito de que ele a levasse de volta para casa. No entanto, o investigado persistiu, ocasião em que ele trancou a porta do apartamento e cometeu o estupro contra a menor, utilizando-se, também, de violência física”, detalhou o delegado.

Nas investigações, segundo o delegado, os relatos da vítima coincidiram com os levantamentos realizados pelos policiais da DPCA.

“Representamos pela prisão preventiva dele, que já tem antecedentes criminais por roubo, corrupção de menores e homicídio qualificado. A Justiça deferiu a prisão dele e a cumprimos no início da manhã, no bairro União”, disse o delegado.

CORUPÇÃO DE MENORES

O segundo caso foi conduzido pela delegada titular da DPCA, Jaira Farias. Trata-se de mandado de prisão por sentença condenatória contra W.S.P., por corrupção de menores. 

As investigações apontam que ele teria aliciado um adolescente, na época com 16 anos, a participar do assassinato de Antônio Costa Ribeiro. O crime ocorreu no dia 10 de agosto de 2016, na rua Galiléia, no bairro Jóquei Clube.

A vítima foi brutalmente atacada com diversos golpes de arma branca, na região do pescoço, rosto, tórax e abdômen, resultando em sua morte.

Durante a apuração dos fatos, foi descoberto que o autor mantinha uma relação homoafetiva secreta com a vítima. No dia do crime, a residência de Antônio Costa Ribeiro foi completamente revirada e diversos bens foram subtraídos, entre eles um televisor, um computador e um aparelho celular Samsung Galaxy S6.

Com base nas provas colhidas, W.S.P. respondeu ao processo por latrocínio e corrupção de menores, que teve sua parte no crime apurada pela DPCA. Pelos crimes, ele foi condenado à pena de 26 anos, um mês e 15 dias de reclusão e 15 dias multa. 

Segundo a delegada, após ter a sentença transitada em julgada, foi decretada a prisão do acusado. Diligências foram realizadas e ele foi localizado no bairro São Bento.

Os dois homens presos pela equipe da DPCA, foram conduzidos à unidade policial, onde tiveram suas prisões formalizadas. Os dois foram apresentados na Audiência de Custódia.

DA REDAÇÃO

Categoria:Polícia

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