Polícia Civil representa pela prisão de indígena suspeito de estuprar a própria filha

Prisão ocorreu nesta quarta-feira (4), na sede do município de Bonfim / Foto: Divulgação/PCRR /

Uma ação integrada entre a PCRR (Polícia Civil de Roraima)  e a PMRR (Polícia Militar de Roraima) resultou, nesta quarta-feira, dia 4, no cumprimento do mandado de prisão preventiva do Indígena D.S.S., de 39 anos, na sede do município de Bonfim, apontado como autor do estupro da filha desde os seus 10 anos.

O pedido de prisão, representado pelo delegado titular da Delegacia de Bonfim, Hugo Cardias, com base em uma investigação que apurou crime cometido  pelo suspeito, contra a própria filha, atualmente com 15 anos.

Conforme o delegado, as investigações iniciaram quando uma equipe da PCRR fez um mutirão de atendimentos na comunidade Alto Arraia, e moradores relataram o caso. 

“Nesse dia foram ouvidas vítimas, testemunhas e o próprio investigado. A partir dos depoimentos e demais elementos coletados, foi possível embasar o pedido de prisão preventiva, que contou com parecer favorável do Ministério Público e foi deferido pelo Poder Judiciário”, disse o delegado.

Ainda conforme a narrativa do delegado, as provas colhidas ao longo da investigação mostraram que o suspeito se aproveitava da relação de autoridade e proximidade com a filha para praticar os atos de forma contínua e silenciosa. A primeira violência sexual ocorreu quando a vítima tinha apenas 10 anos de idade e tiveram continuidade por vários anos.

“Os moradores da comunidade foram enfáticos ao relatar que o investigado apresenta comportamento agressivo quando consome bebidas alcoólicas, o que seria recorrente. Além disso, afirmaram que ele já teria praticado diversas agressões físicas contra sua companheira e os próprios filhos, inclusive com o uso de arma branca em algumas ocasiões”, disse o delegado, que afirmou ainda que, em conversa com uma conselheira tutelar, a menina confirmou os abusos.

Em sua declarações, a própria vítima, diante do Conselho Tutelar, disse temer o pai, por ser agressivo e ter histórico de violência familiar, tendo inclusive agredido o irmão, filho do acusado, com um terçado.

“Além disso foi realizado o exame de conjugação carnal que comprovou o estupro”, disse. 

Segundo o delegado, a Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva contra o acusado. Na manhã de hoje, ao ir ao Fórum da Comarca de Bonfim, foi constatado que ele estava com a prisão decretada, ocasião em que a Polícia Militar foi acionada e o apresentou na Delegacia.

O mandado de prisão do suspeito foi formalizado pelo delegado Hugo Cardias. Ele será apresentado nesta quinta-feira, dia 05, na Audiência de Custódia. 
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Foragido de Roraima por crimes sexuais contra vulneráveis é preso pela Polícia Civil de São Paulo

O principal foragido de uma operação deflagrada pela PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) por crimes sexuais contra vulneráveis, foi preso na tarde de ontem, dia 3 de junho, pela PCSP (Polícia Civil do Estado de São Paulo), por meio da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de São José do Rio Preto. D. V. B. S., de 21 anos, estava com a prisão preventiva decretada e foi localizado e preso.

De acordo com informações prestadas pelo delegado Matheus Rezende, responsável pela investigação, após a operação deflagrada em maio, que visava prender D. V. B. S., na cidade de Frutal, em Minas Gerais, foi realizada uma comunicação ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), solicitando apoio para prendê-lo no Brasil.

“Contra D. V. B. S., havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do Tribunal de Justiça de Roraima. Ele é investigado por uma série de crimes, como estupro de vulnerável, armazenamento e distribuição de pornografia infantil, extorsão, falsa identidade e invasão de dispositivos informáticos”, disse o delegado.

A prisão dele é parte dos desdobramentos da Operação Caminhos Seguros, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, voltada ao combate aos crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes em todo o país.

O homem foi encaminhado à Central de Triagem de Presos da DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São José do Rio Preto, e a prisão comunicada a um familiar.

Segundo o delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende, a ação é um exemplo de como a atuação conjunta entre os órgãos de segurança pública potencializa os resultados no enfrentamento à criminalidade.

“A prisão dele é fundamental para a continuidade da investigação e, é importante a atuação integrada das Polícia Civis no Brasil para garantir que criminosos não encontrem abrigo em outros territórios. Essa prisão é resultado direto da integração e da confiança entre as instituições policiais”, afirmou o delegado.

RELEMBRE O CASO

O foragido D. V. B. S., era o principal alvo de uma investigação da DPCA, dentro da Operação Caminhos Seguros, deflagrada no dia 23 de maio pela Polícia Civil de Roraima para combater crimes de abuso e exploração sexual infantojuvenil em diversos estados.

A operação interestadual, que contou com o apoio das Polícias Civis de Minas Gerais e do Amazonas, bem como de outras delegacias de Roraima, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Frutal (MG), além do mandado de prisão preventiva expedido pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do Tribunal de Justiça de Roraima.

D. V. B. S., foi identificado como responsável por diversos crimes graves, incluindo estupro de vulnerável, armazenamento de pornografia infantil, extorsão, falsa identidade e invasão de dispositivo informático. As investigações revelaram que ele abordava vítimas adolescentes pelas redes sociais, criava laços de confiança e, em seguida, passava a extorqui-las com ameaças de divulgação de imagens íntimas.

Durante o cumprimento dos mandados em Boa Vista, o estudante de medicina J. C. C., de 26 anos, foi autuado em flagrante por armazenar conteúdo pornográfico envolvendo adolescentes, reforçando os indícios de uma rede articulada de crimes cibernéticos.

DA REDAÇÃO